«Não tínhamos em português, até hoje, a possibilidade de aceder ao texto da liturgia siríaca que trata da cena, conhecida como a do bom ladrão, referida em São Lucas e que, em tal versão, coloca como guardião do paraíso, não São Pedro, como acontece no imaginário da figuração ocidental, mas o querubim, apoiando-se na passagem do final do segundo relato da criação: "O Senhor Deus expulsou-o do jardim do Éden, a fim de cultivar a terra, da qual fora tirado. Depois de ter expulsado o homem, colocou, a oriente do jardim do Éden, os querubins com a espada flamejante, para guardar o caminho da árvore da Vida".
[...]
O ladrão e o querubim, nas suas quatro versões a seguir apresentadas, é Beleza fascinando-nos e atraindo-nos. Uma feliz conjunção de poesia, teologia, liturgia e espiritualidade.O apontar de uma porta sempre aberta, dando plenitude de sentido à Páscoa.»
Carlos Nuno Vaz (excertos da Introdução de O Ladrão e o Querubim - Drama litúrgico cristão oriental, brevemente nas livrarias).
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