PAOLO COCCO/REUTERS/PÚBLICO |
PEDRO CUNHA / PÚBLICO |
Presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, do Vaticano, desde Outubro de 2007, Gianfranco Ravasi defende que é preciso quebrar a fronteira entre a fé e os grandes artistas e anuncia que irá convidar criadores de renome para fazerem obras de arte que falem dos grandes símbolos. E afirma que já não há ateus como antigamente.
Nascido em Merate (Lecco, Itália), em 1942, filho de um resistente antifascista, ordenado padre em 1966, Ravasi especializou-se em estudos bíblicos, fazendo trabalhos de arqueologia bíblica em países do Médio Oriente.
Preocupado em pôr em diálogo a ciência e a fé, diz que a única voz em defesa dos que chegam à Europa é a das igrejas cristãs. E que a Igreja precisa de uma linguagem mais imediata, quase súbita. Da centena e meia de obras que já publicou, há dois títulos publicados em português: A Bíblia — Resposta às Perguntas Mais Provocadoras (ed. Paulus) e Via-Sacra no Coliseu (Paulinas).
Mas há muita gente na Igreja que vê a arte contemporânea como algo estranho, feio, escandaloso, mesmo obsceno…
É verdade. Precisamente por isso, é necessário começar uma viagem, que será longa, para tentar tecer de novo o diálogo, depois do divórcio que houve com os artistas. Mas também para fazer compreender ao fiel que entra numa igreja a necessidade de uma nova linguagem, que não é apenas a do artesanato, de pinturas modestas de artistas locais, mas que é também a tentativa de fazer alguma coisa que fique na história.
Isto acontece já na arquitectura, com igrejas feitas por grandes arquitectos — algumas mesmo belas igrejas. Inicialmente, os fiéis têm perante elas alguma estranheza mas depois, progressivamente, entram e percebem a beleza de uma igreja feita por Álvaro Siza, Richard Meier, Mario Botta, Renzo Piano, Tadao Ando.
Ler entrevista em
Nascido em Merate (Lecco, Itália), em 1942, filho de um resistente antifascista, ordenado padre em 1966, Ravasi especializou-se em estudos bíblicos, fazendo trabalhos de arqueologia bíblica em países do Médio Oriente.
Preocupado em pôr em diálogo a ciência e a fé, diz que a única voz em defesa dos que chegam à Europa é a das igrejas cristãs. E que a Igreja precisa de uma linguagem mais imediata, quase súbita. Da centena e meia de obras que já publicou, há dois títulos publicados em português: A Bíblia — Resposta às Perguntas Mais Provocadoras (ed. Paulus) e Via-Sacra no Coliseu (Paulinas).
Mas há muita gente na Igreja que vê a arte contemporânea como algo estranho, feio, escandaloso, mesmo obsceno…
É verdade. Precisamente por isso, é necessário começar uma viagem, que será longa, para tentar tecer de novo o diálogo, depois do divórcio que houve com os artistas. Mas também para fazer compreender ao fiel que entra numa igreja a necessidade de uma nova linguagem, que não é apenas a do artesanato, de pinturas modestas de artistas locais, mas que é também a tentativa de fazer alguma coisa que fique na história.
Isto acontece já na arquitectura, com igrejas feitas por grandes arquitectos — algumas mesmo belas igrejas. Inicialmente, os fiéis têm perante elas alguma estranheza mas depois, progressivamente, entram e percebem a beleza de uma igreja feita por Álvaro Siza, Richard Meier, Mario Botta, Renzo Piano, Tadao Ando.
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